As principais queixas são: dor tipo “queimação” ou “cansaço”, sensação das pernas estarem pesadas ou ardendo, edema (inchaço), que melhoram com a elevação dos membros inferiores e agravam-se no fim do dia, quando se permanece por longo tempo em pé ou sentado, no calor, nos períodos próximo ou durante a menstruação e também durante a gravidez.

Não existe nenhuma relação estabelecida entre a formação de varizes e depilação ou uso de salto alto, assim como não há influência com relação a carregar peso. Subir escada pode ser considerado até um exercício físico, portanto, ajuda a incrementar o retorno venoso.

Sintomas

Na grande maioria das vezes a queixa principal é a estética: na posição de pé as veias ficam dilatadas, tortuosas e muito visíveis. Além disso, outros sinais e sintomas podem estar presentes:

  • presença de veias azuladas e muito visíveis abaixo da pele;
  • agrupamentos de finos vasos avermelhados que alguns pacientes chamam de “pequenos rios e seus afluentes”;
  • queimação nas pernas e planta dos pés;
  • inchação, especialmente nos tornozelos ao final do dia;
  • prurido ou coceira;
  • cansaço ou sensação de fadiga nas pernas;
  • sensação de peso nas pernas;
  • “pernas inquietas”;
  • câimbras.

De acordo com documento publicado pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular a Insuficiência venosa crônica (IVC) pode ser definida como o conjunto de manifestações clínicas causadas pela anormalidade (refluxo, obstrução ou ambos) do sistema venoso periférico (superficial, profundo ou ambos), geralmente acometendo os membros inferiores.

Entre os fatores de risco para o desenvolvimento da doença podemos citar o aumento da idade, o sexo feminino, o número de gestações, obesidade e histórico familiar. Os dados quanto a participação do fumo, dos contraceptivos orais e da terapia de reposição hormonal na origem da doença venosa permanecem controversos.

A doença venosa é uma das patologias mais prevalentes no mundo. Estudos internacionais apontam que até 80% da população pode apresentar graus mais leves, os graus intermediários podem variar de 20 a 64% e a evolução para os estágios mais severos entre 1 e 5 %. Estudos nacionais apontam números semelhantes nos estágios iniciais e intermediários, porém com uma maior tendência a evolução aos mais graves podendo chegar a 15 ou 20% dos casos. Também há um reconhecimento crescente de que as Doenças Venosas são um distúrbio de importância socioeconômica. A expectativa de vida mais longa em todo o mundo, associada ao fato de que a idade avançada é um fator de risco, significa que a prevalência da doença aumentará nas próximas décadas, com um impacto subsequente nos custos com saúde. Os custos indiretos relacionados à perda de produtividade do trabalho também podem aumentar.

A ginástica, desde que recomendada pelo médico e acompanhada por professores de educação física, não só não provoca varizes como também é bastante aconselhável para evitá-las. Quanto à musculação, desde que não seja exagerada, não tem contra-indicação.

Dicas úteis para evitar varizes:

  • Evitar ganhos exacerbados de peso;
  • Dieta rica em fibras para evitar a constipação intestinal;
  • Procurar não permanecer muito tempo parado em pé ou sentado;
  • Não usar cintas abdominais apertadas;
  • Realizar caminhadas e/ou exercícios físicos com supervisão médica;
  • Não fumar;
  • Utilizar sistematicamente meias elásticas, principalmente durante a gravidez;
  • Consulte regularmente seu angiologista/cirurgião vascular!

Fontes: Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular;

Este texto é apenas informativo e não se propõe a qualquer tipo de terapia ou tratamento. Sempre procure ajuda de um médico.